Os proponentes do realismo cético como interpreta??o da teoria causal de Hume sugerem que o filósofo mantinha uma cren?a na existência da causalidade como propriedade intrínseca aos objetos de conhecimento e, ao mesmo tempo, a impossibilidade de obter tal conhecimento. Porém, existem escassos argumentos a favor da justifica??o daquela cren?a. No presente artigo, a minha inten??o é i) introduzir brevemente a interpreta??o do realismo cético, para explicar a pertinência da quest?o discutida; ii) descrever um destes argumentos – apresentado por J. Wright e aparentemente seguido por J. Broughton; iii) com base num problema que apontarei ao mesmo, defender que a cren?a na existência da causalidade como propriedade intrínseca aos objetos de conhecimento é anterior ao plano da justifica??o de cren?as acerca de rela??es causais concretas e independente do mesmo. A partir disto, concluo que Hume o filósofo n?o pode ser encarado como defensor do realismo causal.
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