As mudan?as climáticas e as proje??es no sentido do seu agravamento no Nordeste aumentam as preocupa??es quanto às repercuss?es no meio ambiente, na economia e na vida das comunidades. Entre os impactos sociais mais estudados destacam-se as migra??es, temporárias ou permanentes, que integram os chamados refugiados climáticos. O semiárido nordestino é uma vasta regi?o do território brasileiro historicamente exposta às condi??es severas do clima seco, em que longos períodos de estiagem obrigavam o sertanejo a refugiar-se em grandes cidades do litoral em busca de sobrevivência. O chamado de retirante, ou flagelado da seca, é o elemento mais fragilizado na hierarquia social e aquele que mais depressa é afetado pela ausência prolongada de chuvas na regi?o. O artigo analisa as representa??es sociais dos emigrantes sertanejos por meio de bibliografia científica, mídia e literatura, buscando melhor conhecer esse fen?meno e contribuir para a resiliência das comunidades em um contexto de agravamento dos fen?menos climáticos extremos. Os resultados encontrados foram as diversas representa??es dos emigrantes nordestinos, o preconceito, os impactos das secas, o drama social e político, as rela??es de domina??o, a memória de um povo e a necessidade de políticas públicas estruturantes.
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