ObjetivoO presente estudo procurou analisar o impacto da saúde bucal e mental na qualidade de vida de idosos cadastrados em uma unidade de saúde da família, e fatores associados.MétodosTrata-se de um estudo descritivo de corte transversal de caráter exploratório, realizado por meio de entrevistas. A amostra probabilística foi composta de 86 usuários idosos com 60 anos ou mais, dependentes ou n?o, de ambos os sexos, cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família. As estruturas metodológicas adotadas para coleta de dados foram a avalia??o das condi??es de saúde bucal (edentulismo) e entrevista estruturada, em que foram utilizados questionários de percep??o da saúde bucal (SB-Brasil), o OHIP – 14 (Oral Health Impact Profile), e o instrumento de rastreamento para transtornos depressivos PHQ-2 (Patient Health Questionnaire – Two Items); e coletas de dados secundários do Cadastro Individual (e-SUS Aten??o Básica).ResultadosNa amostra, 64% eram do gênero feminino, tinham idade entre 60 a 90 anos (média de 72,4 anos). As frequências das dimens?es do OHIP-14 com maior impacto foram: dor (16,3%) e incapacidade psicológica (11.6%). As variáveis idade, renda, escolaridade, necessidade e uso de próteses, atividades de vida diária (AVD), doen?as referidas (diabetes, hipertens?o e cancer) n?o tiveram associa??o significativa com as medidas de qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Foi observada uma boa correla??o e associa??o entre PHQ-2 (transtornos depressivos) e os escores do OHIP-14 (p0.001).Conclus?oConclui-se que há associa??o entre saúde bucal e mental em idosos e o cuidado à saúde bucal e mental nesta popula??o, em especial da mulher idosa, requer uma abordagem ampliada e multiprofissional, visando a melhoria da qualidade de vida.
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