RESUMO Objetivo Avaliar a associa??o entre tempo de amamenta??o e comportamentos externalizantes na infancia e na adolescência. Métodos Foram utilizados dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 1993. As informa??es sobre amamenta??o foram coletadas aos 12 meses. O comportamento foi avaliado aos 4 anos pelo instrumento Child Behavior Checklist (CBCL) e aos 11 e 15 anos pelo Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), ambos aplicados às m?es ou aos responsáveis pela crian?a. Dos 5 249 participantes da coorte, foram avaliados aqueles com informa??es completas para amamenta??o e comportamentos externalizantes: 630 crian?as aos 4 anos, 1 227 adolescentes aos 11 anos e 1 199 aos 15 anos. A associa??o entre dura??o da amamenta??o e comportamentos externalizantes foi avaliada por meio de regress?o de Poisson com ajuste robusto da variancia. Resultados Aos 11 anos, após ajuste para fatores de confus?o, as crian?as que foram amamentadas por pelo menos 6 meses tiveram menor risco de hiperatividade (RR = 0,54; IC95%: 0,32 a 0,91) em compara??o às amamentadas por menos de 1 mês. No entanto, aos 4 e 15 anos, a dura??o da amamenta??o n?o esteve associada aos comportamentos externalizantes. Conclus?es Embora o aleitamento materno por pelo menos 6 meses tenha sido inversamente associado à hiperatividade aos 11 anos, nenhuma associa??o foi observada aos 4 e aos 15 anos. Novos estudos longitudinais devem considerar outros fatores que influenciam os comportamentos externalizantes, tais como presen?a do pai no ambiente familiar, violência doméstica e maus-tratos e qualidade da rela??o m?e-filho.
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