INTRODU??O:A adolescência é uma fase de grande demanda social, familiar e emocional, e a literatura tem relacionado o transtorno mental comum (TMC) com piores condi??es de vida.OBJETIVO:Investigar a rela??o entre TMC e a condi??o socioecon?mica em adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos.MéTODO:Estudo seccional com os dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica). O desfecho foi o TMC e a exposi??o foi a condi??o socioecon?mica avaliada por ra?a/cor, escolaridade materna, rela??o morador/c?modo, tipo de escola, existência de empregada e banheiro no domicílio e atividade laboral. Para o cálculo das prevalências, foi utilizado o modo survey e, na análise multivariada, a regress?o logística com p 5%, assim como o intervalo de confian?a de 95%.RESULTADOS:A prevalência de TMC em meninas foi 23,3% e em meninos, 11,1%. As variáveis associadas ao TMC nas meninas foram ter idade entre 15 e 17 anos (OR = 1,34; 1,17–1,51), estudar em escola privada (OR = 1,13; 1,01–1,27), ter empregada doméstica (OR = 1,15; 1,00–1,34) e, como fator de prote??o, o trabalho n?o remunerado (OR = 0,64; 0,55–0,75). Os meninos também apresentaram maior chance de TMC na faixa etária mais alta (OR = 1,42; 1,18–1,71) e quando tinham empregada (OR = 1,26; 1,02–1,57), enquanto o trabalho n?o remunerado diminuiu essa chance (OR = 0,79; 0,67–0,95).CONCLUS?O:As variáveis socioecon?micas que estiveram associadas ao TMC foram sugestivas de classe econ?mica mais elevada, enquanto o trabalho n?o remunerado favoreceu a saúde mental dos adolescentes, resultados contrários à literatura sobre condi??o socioecon?mica e TMC.
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