Objetivo Descrever os encaminhamentos para colposcopia em um hospital no Brasil e a frequência relativa dos pacientes que foram beneficiados, considerando as indica??es corretas para o exame e seus diagnósticos finais.MétodosFoi realizado um estudo retrospectivo no banco de dados do servi?o de colposcopia do Hospital Universitário de Taubaté, Taubaté, SP, Brasil. A frequência validou em análise de prontuários de mulheres encaminhadas por indica??o clínica ou altera??o citológica, atendidas no período de mar?o de 2015 a mar?o de 2017. A popula??o selecionada e analisada incluiu 256 resultados que estavam correlacionadas aos dados citológicos, clínicos e com o resultado da colposcopia.ResultadosDas mulheres encaminhadas, 45% apresentaram-se fora da idade de rastreamento conforme as diretrizes de rastreio de cancer de colo uterino, sendo que 8,6% eram adolescentes e adultas jovens 25 anos de idade e 36,4% das pacientes tinham idade ≥ 65 anos. Um total de 50% das pacientes n?o possuía indica??o de colposcopia, ou seja, citologias normais, de altera??es benignas, ectopia, cervicite, células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US) e les?o intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) sem persistência e aspecto clínico normal. Um total de 39,84% das pacientes que realizaram a colposcopia tiveram resultados de les?o de alto grau ou cancer e, dessa forma, se beneficiaram com o encaminhamento adequado.Conclus?oA maioria (60,16%) das pacientes encaminhadas para o servi?o de colposcopia n?o se beneficiou com o encaminhamento, por resultados sem altera??es como colposcopias negativas, histologias com ausência de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) ou apenas NIC 1, ou estavam fora da idade de rastreamento. Esses achados demonstram, portanto, significativo número de encaminhamentos desnecessários e inadequados.
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