Sabe-se que a cicatriza??o de pele em gatos é mais lenta e apresenta índice maior de complica??es que nos c?es, dai a importancia da busca de novos recursos para estimular o processo cicatricial. S?o conhecidas as propriedades do omento no auxílio ao reparo tecidual e, dentre as formas de omentaliza??o extraperitoneal, o uso do omento livre sem anastomose vascular é vantajoso, porém pouco estudado; n?o há conhecimento sobre seu efeito na cicatriza??o cutanea, tampouco se permanece viável quando implantado no espa?o subcutaneo. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar possíveis altera??es produzidas pelo enxerto omental livre sem anastomose inserido no espa?o subcutaneo, por meio da avalia??o clínica macroscópica da regi?o de implanta??o em gatos. Foram utilizadas 20 gatas, de idade entre um e sete anos, sem altera??es em exame de sangue, FIV/FELV negativas. Os animais foram divididos em dois grupos (Tratado e Controle) de igual tamanho, diferindo quanto à utiliza??o do enxerto de omento livre. Foi realizada cirurgia de ovariossalpingohisterectomia (OSH) em todos os animais, previamente à cria??o da ferida experimental para implanta??o ou n?o do enxerto omental. As feridas foram avaliadas nos dias 1, 2, 4, 8 e 15 do pós-operatório e a partir de ent?o semanalmente, até nenhuma altera??o ser observada. Foram anotados dados referentes à colora??o, consistência, presen?a de crosta, resistência da ferida e medidas do volume. Nos resultados destacou-se a ativa??o do omento no quarto dia de avalia??o, observada pelo aumento de volume, com redu??o de hemorragia e aumento na resistência da ferida experimental à tra??o. Conclui-se que o omento em sua forma livre sem anastomose é capaz de manter sua viabilidade e exercer influência positiva sobre o processo de reparo, sem demonstrar sinais deletérios sobre a regi?o implantada.
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