Serpentes comp?em um diverso grupo de animais vertebrados terrestres pertencentes à ordem Squamata. Apesar de serem um dos grupos mais diversos do mundo, na Amaz?nia, as informa??es acerca da taxonomia e distribui??o de serpentes s?o limitadas quando comparadas com as disponíveis para outros grupos de vertebrados. Além disso, na Amaz?nia existe um viés de amostragem em áreas geograficamente próximas aos centros urbanos e locais densamente povoados. Isso por sua vez leva a falsas diferen?as de distribui??o em áreas pouco amostradas. Neste artigo nós apresentamos a composi??o de assembleias de serpentes em seis áreas na Amaz?nia brasileira, baseada em amostragens de campo padronizadas e realizadas durante quatro anos. Foram amostradas 70 espécies de oito famílias: Typhlopidae (n=1), Leptotyphlopidae (n=1), Anillidae (n=1), Boidae (n=5), Colubridae (n=15), Dipsadidae (n=35), Elapidae (n=7) e Viperidae (n=5). A maior riqueza foi registrada no Rio Trombetas e a menor no Rio Jatapu. A beta diversidade total foi de 0.40 e a substitui??o foi a principal for?a que estruturou as comunidades (72.5%). A Procura Visual Limitada por Tempo foi o método que registrou a maior abundancia de serpentes nas áreas amostradas (44.1%) e também a maior riqueza (n=40). Entretanto, algumas espécies foram registradas somente por outros métodos como armadilhas de intercepta??o e queda. Apesar do grande número de espécies registradas, nenhuma das áreas compreendeu mais de 40% das espécies amostradas em todas as áreas, indicando que as serpentes s?o pouco detectadas mesmo com grande esfor?o amostral em diferentes áreas da distribui??o das espécies.
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