Estudou-se as altera??es clínico-patológicas e laboratoriais em equinos, inoculados experimentalmente com a pe?onha de Bothropoides jararaca, Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni e Bothropoides neuwiedi, com a finalidade de fornecer subsídios para o diagnóstico do envenenamento pela picada dessas. Os venenos liofilizados foram diluídos em 1ml de solu??o fisiológica e administrados a seis equinos, por via subcutanea, nas doses de 0,5 e 1mg/kg (B. jararaca), 0,8 e 1,6mg/kg (B. jararacussu), 0,205mg/kg (B. moojeni) e 1mg/kg (B. neuwiedi). Todos os equinos, menos os que receberam o veneno de B. jararacussu, morreram Os sinais clínicos iniciaram-se entre 8min e 2h10min após a inocula??o. O período de evolu??o variou, nos quatro casos de êxito letal, de 24h41min a 70h41min, e nos dois equinos que se recuperaram foi de 16 dias. O quadro clínico, independente do tipo de veneno e das doses, caracterizou-se por aumento de volume no local da inocula??o, arrastar da pin?a do membro inoculado no solo, inquieta??o, apatia, diminui??o da resposta aos estímulos externos, mucosas pálidas e hemorragias. Os exames laboratoriais revelaram anemia normocítica normocr?mica com progressiva diminui??o no número de hemácias, da hemoglobina e do hematócrito, e leucocitose por neutrofilia. Houve aumento de alamina aminotransferase, creatinaquinase, dehidrogenase láctica, ureia e glicose, bem como aumento do tempo de ativa??o da protrombina e do tempo de tromboplastina parcial ativada. Os achados de necropsia foram extensas hemorragias no tecido subcutaneo, com presen?a de sangue n?o coagulado e em boa parte associadas a edema (edema hemorrágico), que se estendia desde o local da inocula??o até as regi?es cervical, torácica, escapular e membro. Na periferia das áreas hemorrágicas havia predominantemente edema gelatinoso. Havia ainda presen?a de grande quantidade de líquido sanguinolento nas cavidades torácica, pericárdica e abdominal. N?o foram encontradas altera??es histológicas significativas.
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