Rela??o entre a linfopenia e a persistência da papilomatose alimentar em bovinos intoxicados cr?nica e espontaneamente por samambaia (Pteridium aquilinum)

摘要

Papilomavírus bovino tipo 4 (BPV-4) é responsável pelo desenvolvimento de papilomas no trato alimentar superior (TAS) de bovinos. Os passos necessários para o crescimento, o desenvolvimento e a regress?o dos papilomas est?o intimamente relacionados com o estado imunológico do animal. A ingest?o de samambaia (Pteridium aquilinum) tem sido relacionada como o principal fator envolvido na persistência da infec??o pelo BPV-4 no TAS. A teoria que estabelece a rela??o entre papilomatose alimentar e a forma??o de CCEs sugere a produ??o de um estado imunossupressivo cr?nico pela planta, permitindo a persistência dos papilomas no TAS. Os papilomas serviriam ent?o como sítios de desenvolvimento dos CCEs através da intera??o entre as proteínas do BPV-4 e os carcinógenos da samambaia. O objetivo deste estudo foi avaliar a rela??o entre a quantidade de linfócitos circulantes e a papilomatose alimentar em casos de intoxica??o espontanea cr?nica por P. aquilinum em bovinos com CCE no TAS. Quarenta bovinos com CCEs no TAS foram avaliados quanto à idade, à intensidade da papilomatose alimentar no TAS e ao leucograma. Três bovinos tinham leucopenia e um apresentava neutrofilia. A média de linfócitos foi de 5.395 (±1.696) na papilomatose leve, 4.560 (±1.561) na moderada e 5.007 (±1.786) na acentuada. N?o houve diferen?a estatisticamente significativa entre o grau de papilomatose, a idade e a quantidade de linfócitos circulantes. Imunossupress?o por linfopenia foi um achado esporádico (três casos) neste estudo. Os resultados indicam que a persistência da papilomatose alimentar em casos espontaneos de intoxica??o cr?nica por samambaia em bovinos n?o tem rela??o com a quantidade de linfócitos circulantes e que talvez esteja relacionada a outros fatores imunológicos.