Economia solidária e reabilita??o vocacional no campo da drogadi??o: possibilidades e limites das práticas atuais

摘要

Este artigo visa a contribuir ao debate sobre as potencialidades do trabalho no processo de recupera??o de dependentes químicos. Consideramos nesta análise os princípios subjacentes à reabilita??o vocacional praticada no contexto internacional, seguido da descri??o das diretrizes brasileiras para a inclus?o social de dependentes químicos por meio do trabalho. Por fim, procedemos a uma análise comparativa das matrizes conceituais, dos conceitos de saúde subjacentes e do potencial emancipatório em ambas as perspectivas. O material consultado foi levantado por meio de revis?o bibliográfica em bases de dados da área da saúde. Já as informa??es sobre as diretrizes brasileiras foram coletadas nas publica??es oficiais disponibilizadas on-line pelo Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e do Emprego do Brasil. A análise do material permitiu-nos verificar que a reabilita??o vocacional praticada em países da América do Norte e da Europa destina-se a usuários de servi?os de saúde mental, procedendo à inclus?o pelo viés da doen?a. Enfatiza a recoloca??o no mercado formal de trabalho, por meio de programas voltados ao treinamento de habilidades para obter e manter um posto de trabalho conquistado. Já as diretrizes do governo brasileiro est?o pautadas nos princípios do cooperativismo e da economia solidária. Privilegia o ser humano como sujeito e finalidade maior da atividade econ?mica, focalizando as potencialidades e recursos do trabalho, em detrimento das limita??es impostas pela doen?a ou pela condi??o socioecon?mica que tenha gerado a situa??o de exclus?o.