Mebendazol: identifica??o das formas polimórficas em diferentes matérias-primas e medicamentos (referência e genéricos) disponíveis no mercado nacional
A presen?a de polimorfos diferentes em uma formula??o pode comprometer a dissolu??o de um fármaco a partir de sua forma farmacêutica, uma vez que os polimorfos freqüentemente apresentam diferentes solubilidades. No entanto, as monografias farmacopéicas n?o apresentam, normalmente, ensaios para a identifica??o das possíveis formas polimórficas de um mesmo fármaco. O mebendazol possui três formas polimórficas diferentes, conhecidas como formas A, B e C, que apresentam diferentes propriedades físico-químicas e biofarmacêuticas. Estas formas apresentam, inclusive, diferentes comportamentos in vivo, sendo o polimorfo C o recomendado para formas farmacêuticas sólidas de uso oral. No presente trabalho utiliza-se a espectroscopia de infravermelho e o perfil de dissolu??o in vitro para caracterizar matérias-primas e comprimidos (referência e genéricos) existentes no mercado brasileiro. O perfil de dissolu??o para três medicamentos que apresentavam as formas polimórficas A, B e C, foi obtido utilizando-se método da Farmacopéia Americana modificado, uma vez que o meio de dissolu??o farmacopéico n?o possibilita a distin??o entre as formas polimórficas do mebendazol, devido à adi??o de lauril sulfato de sódio ao meio. Os resultados obtidos demonstram que as três formas polimórficas do mebendazol est?o presentes nos medicamentos e duas delas em matérias-primas, sugerindo que um maior controle deveria ser utilizado para a sele??o de matérias-primas que apresentam polimorfismo, assegurando, através de testes simples e rápidos, a qualidade de medicamentos genéricos. Palavras-chave: Mebendazol, polimorfismo, dissolu??o, biodisponibilidade, medicamento genérico.
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