Avalia??o epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos

摘要

OBJETIVO: avaliar as características epidemiológicas e radiológicas dos casos de fratura diafisárias de fêmur, ocorridos de 1990 a 2005, tratados cirurgicamente no Hospital de Acidentados - Clínica Santa Isabel - de Goiania, Goiás, com o propósito de contribuir para o melhor planejamento de medidas preventivas e terapêuticas a adotar em rela??o a essas fraturas. MéTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 200 prontuários e radiografias seriadas de pacientes com fraturas diafisárias do fêmur. N?o foram incluídos os pacientes com menos de 10 anos de idade, pois o tratamento para esse grupo foi conservador. Foram descartados 25 prontuários por n?o fornecer todos os dados necessários ao estudo. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, lado da fratura, exposi??o óssea, mecanismos de trauma, classifica??o das fraturas, traumas associados, tempo de consolida??o e tipos de fixa??o cirúrgica. A análise estatística foi feita pelos testes do qui-quadrado, exato de Fisher" e t de Student, considerando significancia quando p < 0,05. RESULTADOS: Foram significantes (p < 0,05): em 70% de homens, 80% de fraturas fechadas e 65% de mulheres com mais de 60 anos. As fraturas por quedas da própria altura foram mais freqüentes em mulheres, acima dos 60 anos, com tra?os mais estáveis e as por projéteis de arma de fogo em homens, dos 20 aos 60 anos, com tra?os mais instáveis. Os atropelamentos predominaram entre 10 e 19 anos. Os acidentes de transito mostraram todos os tipos de fratura, com maior associa??o com outros traumas, com pico dos 20 aos 30 anos. O tratamento com hastes de Küntsher resultou em tempo de consolida??o médio maior quando comparado com o da osteossíntese por haste bloqueada ou placa. CONCLUS?O: Encontrou-se uma característica bimodal de apresenta??o das fraturas diafisárias do fêmur, semelhante à da literatura, onde os mecanismos de alta energia (acidentes de transito, quedas de alturas e ferimentos por PAF) foram mais frequentes em adultos jovens, sexo masculino, gerando tra?os instáveis de fratura, com traumas associados mais graves. O outro grupo envolvido com baixa energia (queda de própria altura) foi mais frequente em idosos, no sexo feminino, apresentando tra?os de fratura menos instáveis e sem traumas associados.