As anemias microcíticas e hipocr?micas atingem grande parcela da popula??o mundial. Entre estas, significativa porcentagem de casos se deve à deficiência do ferro, enquanto em algumas regi?es a frequência de talassemia menor se torna importante. Por outro lado, a anemia de doen?a cr?nica é a causa mais comum de anemia em pacientes hospitalizados. O diagnóstico diferencial destas doen?as é clinicamente importante, e é atualmente realizado através dos exames padr?o ouro envolvendo a avalia??o do metabolismo do ferro e dosagem de HbA2. Embora dotados de grande utilidade, estes testes podem apresentar uma metodologia mais demorada e onerosa que, em casos de concomitancia de doen?as, comuns na prática clínica, n?o conseguem proporcionar um correto diagnóstico. Na tentativa de otimizar e direcionar o diagnóstico destas anemias, o uso de alguns parametros derivados dos modernos contadores automáticos tem sido sugerido. Neste estudo, o papel do RDW, parametros plaquetários (número de plaquetas, PDW, VPM) e morfologia eritrocitária como parametros diferenciadores, foi avaliado em um grupo de 159 pacientes portadores de anemia microcítica e hipocr?mica devido à deficiência do ferro, anemia de doen?a cr?nica e talassemia beta menor, comprovado pelos exames padr?o ouro. Foi possível observar que o RDW n?o se mostrou um bom discriminante, enquanto o índice plaquetário PDW pode ser um parametro auxiliar no diagnóstico diferencial das anemias microcíticas e hipocr?micas. Com rela??o às altera??es morfológicas dos eritrócitos, o pontilhado basófilo foi um achado bastante comum apenas em pacientes portadores de talassemia beta menor, com indícios de potencial utilidade na elucida??o de casos de microcitose.
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