OBJETIVO: O presente estudo tem por objetivo avaliar os efeitos da anuloplastia tricúspide profilática no cora??o doador em transplante cardíaco com anastomose bicaval. MéTODOS: De 2002 a 2005, foram selecionados de forma n?o aleatória 20 pacientes submetidos ao transplante cardíaco pela técnica bicaval e com sobrevida superior a seis meses. Eles foram divididos em dois grupos: Grupo I - 10 pacientes que receberam cora??o doador com anuloplastia tricúspide profilática, pela técnica de De Vega; e Grupo II - 10 pacientes que n?o receberam a anuloplastia, ambos com características semelhantes. O grau de regurgita??o tricúspide foi avaliado pela ecocardiografia transtorácica com Doppler e foi quantificado entre 0 e 3 (0=ausente, 1=discreto, 2=moderado, 3=grave). O desempenho miocárdico foi avaliado pela fra??o de eje??o ventricular e pelo estudo hemodinamico invasivo, durante as biópsias endomiocárdicas de rotina. RESULTADOS: O período médio de observa??o foi de 14,6±4,3 meses (6 e 16 meses). Houve apenas um óbito no grupo II n?o relacionado à anuloplastia. O grau médio de regurgita??o tricúspide no Grupo I foi de 0,4±0,6 e no Grupo II foi de 1,6±0,8 (p < 0,05). Dentre as variáveis analisadas, houve apenas diferen?a estatisticamente significativa na press?o do átrio direito do Grupo II, que foi maior. CONCLUS?ES: Respeitando-se as limita??es do estudo, podese observar que a anuloplastia tricúspide no cora??o doador reduz a regurgita??o em médio prazo após o transplante cardíaco pela técnica bicaval, a despeito de n?o interferir no desempenho hemodinamico do enxerto, no período considerado.
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