OBJETIVO: Avaliar a epidemiologia do trauma ocular por corpo estranho superficial de córnea. MéTODOS: Os pacientes atendidos no Pronto-Socorro da Universidade Federal de S?o Paulo entre abril e junho de 2005 que apresentaram corpo estranho superficial de córnea foram entrevistados. Foram avaliados: sexo, idade, profiss?o, registro legal do emprego, uso, disponibilidade e tipo de equipamentos de prote??o utilizados e a fiscaliza??o do seu uso. O conhecimento das complica??es deste tipo de acidente também foi avaliado. Os resultados foram analisados com teste do qui quadrado ou teste de Fisher. RESULTADOS: Foram entrevistados 123 pacientes. Apenas 3 eram do sexo feminino e a idade média foi de 36 anos. A maioria destes traumas ocorreu no ambiente de trabalho (86,2%) e 58,4% n?o possuíam registro legal do emprego. As profiss?es mais freqüentemente envolvidas foram serralheiro, pedreiro e metalúrgico. Em 79,8% dos locais de trabalho havia equipamentos de prote??o e 85,3% dos pacientes eram orientados a usá-los. Em 52,4% dos locais sua utiliza??o era fiscalizada, mas apenas 34,2% usavam no momento do trauma. A utiliza??o foi mais freqüente (p=0,008) e fiscaliza??o mais presente (p=0,0415) entre pacientes com registro legal de emprego. Questionados sobre os riscos, 68,9% dos pacientes tinham consciência das complica??es graves deste tipo de acidente. CONCLUS?O: A maioria dos pacientes tem conhecimento sobre a gravidade do trauma ocular e este tipo de les?o ocorre mesmo em locais com equipamentos de prote??o disponíveis, alguns deles até durante o seu uso. Os dados sugerem que enfoque maior da preven??o deve ser na fiscaliza??o e utiliza??o de equipamentos adequados.
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