Alojamento do granito Lavras e a mineraliza??o aurífera durante evolu??o de centro vulcano-plut?nico pós-colisional, oeste do Escudo Sul-riograndense: dados geofísicos e estruturais

摘要

A constru??o do granito Lavras é analisada mediante integra??o de dados geológicos, geofísicos e estruturais originais e compilados, em consonancia com a evolu??o do centro vulcano-plut?nico. Esse centro engloba o complexo intrusivo Lavras do Sul e a sequência traquiandesítica da Forma??o Hilário (604 - 590 Ma), ambos formados em posi??o de antepaís durante o período pós-colisional da Orogênese Dom Feliciano, no oeste do Escudo Sul-riograndense. A análise de estruturas rúpteis e lineamentos magnéticos indica que o vulcanismo teve início próximo ao colapso dessa orogenia, condicionado por sistemas transtensivos dextrais NW-SE a WNW-ESE que invertem para sinistrais com o relaxamento tect?nico. A forma??o do complexo intrusivo, principiando com a intrus?o subvulcanica do monzonito Tapera no norte, acompanhou a invers?o no regime de stress regional ao longo de zona de falha N70-75°W que o seciona. Ao final, ocorreu o posicionamento do granito Lavras no sul, o qual possui dimens?es modestas (325 km3) e forma tabular (comprimento - L: espessura - E ≈ 3:1) afinando para sul, como deduzido dos dados gravimétricos. Dois domínios composicional-estruturais, equivalentes aos granitos magnesianos centrais (granodiorito e monzogranito) e os ferrosos da borda (sienogranito e feldspato alcalino granito), s?o definidos pela trama ASM (anisotropia de suscetibilidade magnética). Tais dados, aliados aos de estruturas rúpteis, apontam um plutonmulticíclico construído em dois eventos de ressurgência, envolvendo: (1) o lacólito central decorrente do alojamento do granodiorito sob a soleira de monzogranito; e (2) as intrus?es anulares de granitos ferrosos, induzidas pela expans?o do reservatório epizonal em raz?o da recarga com magmas máfico-ultramáficos lamprofíricos. O controle estrutural, a distribui??o espacial e a associa??o com diques lamprofíricos corroboram o vínculo da mineraliza??o aurífera com o último episódio de ressurgência em um centro vulcano-plut?nico maduro.