'Práticas de Enfermagem na Inserção, Manutenção e Remoção do Cateter Central de Inserção Periférica em Neonatos'.

摘要

A terapia intravenosa é uma das áreas que tem demandado cuidado da assistência de enfermagem em Neonatologia, devido à constante necessidade de acesso venoso seguro e duradouro para administração de antibióticos, hidratação venosa, nutrição parenteral, drogas vasoativas e outras necessárias. Uma alternativa de acesso venoso estável e eficaz para neonatos criticamente enfermos em Unidade de Terapia Intensiva (UTIN) que vem sendo utilizado é o Cateter Central de Inserção Periférica (PICC). Trata-se de um cateter longo e flexível, inserido através de uma veia periférica que progride até o terço distal da veia cava superior ou veia cava inferior, adquirindo assim propriedades de acesso venoso central.OBJETIVO: descrever as práticas de inserção, manutenção e remoção do PICC em RN internados em UTIN. MÉTODO: Estudo correlacional descritivo transversal retrospectivo. Os dados foram coletados dos prontuários e ficha de acompanhamento do PICC em RN da UTIN de um Hospital Universitário dos anos de 2009, 2011 e 2012. Foram critérios de exclusão: os RN admitidos provenientes de outra instituição com o cateter já inserido; os transferidos para outra instituição com o cateter instalado; os que evoluíram a óbito enquanto usavam o cateter; os que tiveram a inserção do PICC por outro profissional, não enfermeiro. As variáveis analisadas foram às relativas à caracterização do RN; da inserção; da manutenção e da remoção do PICC. Os dados foram analisados através do Social Package Statistical Science (SPSS), versão 20.0, com limite de confiança de 95%, e apresentados de forma descritiva através de tabelas de freqüência com número e percentual. RESULTADOS: os sujeitos do estudo foram 137, principalmente prematuros (67,9%), muito baixo peso (35%) e extremo baixo peso (32,1%). Para a inserção do PICC foram utilizados cateteres 1.9 Fr monolumen de silicone (88,3%) em veias cefálica (41,6%) e basílica (32,1%). O posicionamento inicial da ponta do cateter foi em veia cava superior e ocorreram complicações em 53,3% dos PICC, e as mais comum foram a obstrução (13,1%), Infitração/extravasamento (12,4%) e exteriorização acidental (8,8%). A média de permanência do PICC foi de 10,5 dias, removidos principalmente por término de terapia (60,3%) e infiltração ou extravasamento (12,5%). CONCLUSÃO PRELIMINAR: As características acerca do estado do uso do PICC encontradas são similares as relatadas na literatura, entretanto destocou-se que o mau posicionamento inicial da ponta do cateter e número de complicações que determinaram a remoção não eletiva do PICC necessitam de reflexão e adoção de condutas que impliquem no aprimoramento da assistência de enfermagem aos RN.DESCRITORES: Cateterismo venoso central. Cateterismo periférico. Unidades de terapia intensiva neonatal. Recém-nascido. Enfermagem