Introdução - A diabetes gestacional (DG) constitui uma das doenças associada à gravidezcom maior taxa de complicações. Nos últimos anos têm-se registado avanços significativos nasua abordagem, tendo como objetivo a diminuição da morbilidade perinatal.A hiperglicémia materna ao induzir hiperglicémia fetal e consequente hiperinsulinismo, éconsiderada responsável pela maioria das complicações fetais associadas à DG. Há evidênciacientífica para afirmar que um bom controlo metabólico reduz as complicações perinatais, dasquais se destacam a hipertensão (HTA), pré-eclampsia (PEC) na mãe e a prematuridade, amacrossomia, a hipoglicémia neonatal, a hiperbilirrubinémia (HBRB) no recém-nascido(RN).Objetivo Primário - Avaliar a evolução da morbilidade neonatal de filhos de mães com odiagnóstico de DG explorando as possíveis correlações entre a morbilidade neonatal e ocontrolo metabólico materno.Objetivo Secundário - Comparar a morbilidade neonatal entre RN de dois subgrupos demulheres com DG antes e após o último consenso sobre diagnóstico e tratamento da DG emvigor desde fevereiro 2011.População e Métodos - Estudo observacional analítico, retrospetivo descritivo de RN demães com DG com gravidez unifetal seguida na Maternidade Bissaya Barreto (MBB) noperíodo de 1994 e 2013 com o recurso à informação clinica de RN e mães com DGarmazenada em base de dados. Numa primeira fase analisou-se a evolução da morbimortalidadeperinatal em três períodos, agrupados de acordo com o protocolo de diagnóstico /terapêutica utilizado. Na segunda fase e utilizando como ponto de referência a introdução doprotocolo atualmente em utilização (2011), analisou-se as repercussões desta alteraçãocomparando-a com igual período de tempo do protocolo anterior.6Resultados – Analisaram-se 2440 díades mãe-filho. Constatou-se que a DG foi diagnosticadacada vez mais precocemente e que o recurso à terapêutica com insulina foi mais frequente oque se traduziu pela redução da taxa de RN macrossómicos e pela diminuição da morbilidadeassociada à DG.Após o inicio da aplicação do novo protocolo registou-se um aumento da taxa de RN levespara a idade gestacional, de casos de hipoglicémia e de anomalias congénitas que teremos quemonitorizar e avaliar.Conclusão – Ao longo dos anos as grávidas com DG são diagnosticadas e orientadas cadavez mais cedo. Com o novo protocolo os seus RN tornaram-se mais leves, mas registaram-semais casos de hipoglicémia neonatal e de anomalias congénita. Este aumento da morbilidadeneonatal parece associar-se à precocidade do diagnostico
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