O rompimento dos limites da arqueologia é o resultado de uma longa trajetória do pensamento de Foucault que, em L’archéologie du savoir, se torna incapaz de analisar as novas questões que surgem: o sujeito e o fundamento social referente às escolhas dos temas e teorias que compõem determinado discurso. A questão do sujeito apresenta-se na trajetória arqueológica desde o princípio, em Histoire de la Folie, vinculada ao conceito de a priori histórico, pois este sempre se remete a um “alguém” envolvido em práticas discursivas. Já o “fundamento social” aparece em L’archéologie du savoir quando Foucault investiga as formações estratégicas de um discurso. A partir desse momento, para explicar o aparecimento do saber vinculado com as práticas sociais em que o sujeito está inserido, Foucault opta por uma genealogia do poder. Então, o objetivo do nosso trabalho consiste em mostrar como ocorre o rompimento dos limites da arqueologia, fato que impulsiona Foucault a buscar, no pensamento de Nietzsche, a genealogia como método que o proporcione prosseguir com seus estudos. Ao alcançarmos o limite arqueológico de Foucault entrando em seu período genealógico, veremos o aparecimento da questão do poder e sua relação com as práticas discursivas apresentadas durante a vigência da arqueologia.
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