Esta dissertação analisa a profunda transformação ocorrida na cobertura jornalística da criminalidade violenta a partir de meados da década 80, quando os principais jornais do Brasil começam a ampliar suas abordagens, a diversificar fontes e qualificar matérias. Após a redemocratização do Brasil, que coincide com explosão da criminalidade no país, saem de foco casos isolados, que hegemonizavam a atenção da imprensa, e ganham espaço as reportagens contextualizadas sobre segurança pública e política de segurança. Para analisar como e por que as transformações na cobertura ocorreram em Zero Hora e quais as implicações, no contexto profissional dos jornalistas e na rotina da Redação, da mudança na forma como a violência passou ser tratada, realizou-se entrevistas com jornalistas que atuam ou na editoria de policia de ZH. As respostas, que não se pretendem definitivas, foram encontradas através da análise dos discursos dos profissionais, à luz do arcabouço teórico proposto por Bourdieu. Além das respostas, identificou-se elementos que sugerem uma nova etapa da cobertura jornalistica no agendamento de politicas repressivas de combate a criminalidade violenta nos dias atuais.
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