No presente artigo, procurou-se examinar os fundamentos da tese cartesiana da cria??o continuada, bem como a concep??o de tempo que lhe é conexa. A partir do exame das conex?es vigentes entre inércia, causalidade e temporalidade, procurou-se, de um lado, mostrar a necessidade de se considerar o tempo como metafisicamente discreto e como fisicamente contínuo. De outro lado, estabelecida a plausibilidade dos requisitos de descontinuidade metafísica e continuidade física, buscou-se, mediante a análise das principais considera??es cartesianas acerca do tempo, explicar a possibilidade de uma tal concep??o.
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