Analisamos as concep??es de masculinidades e/ou feminilidades presentes na materialidade discursiva de livros didáticos de História endere?ados ao Ensino Médio público brasileiro. Enquanto fontes, selecionamos edi??es distintas da obra “História Global – Brasil e Geral”: a edi??o volume único, aprovada pelo edital do PNLEM/2007; e a cole??o didática aprovada pelo edital do PNLD/2015. Em diálogo com Scott (1994, 1995, 1998), Crenshaw (2002, 2012, 2017) e Akotirene (2018), mobilizamos nessa análise o conceito de “modos de endere?amento” (ELLSWORTH, 2001). Advindo dos estudos de cinema e comunica??o, o conceito diz respeito ao evento de rela??o entre o texto fílmico e o lugar social do público. Consideramos que a análise do endere?amento nos livros didáticos de História compreende a observa??o das estratégias de estrutura??o e apresenta??o dos enunciados disponibilizados pelas obras. Concluímos que a abordagem dos conhecimentos históricos adotada pela obra, conforme os costumes, naturalizou assimetrias de poder entre as masculinidades e feminilidades históricas e socialmente construídas. Tomadas enquanto “dado” histórico indigno de nota nos “textos principais”, a composi??o atualizou, no conhecimento histórico escolar, apesar dos regramentos, os posicionamentos costumeiros relativos ao masculino e feminino.
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