O propósito deste texto é reunir e sistematizar processos de contesta??o social e técnica de estudos ambientais contratados por consórcios empresariais - e respectivos processos de licenciamento ambiental “ em curso ou já formalmente concluídos. As controvérsias técnicas e sociais em torno dos grandes projetos hidrelétricos na Amaz?nia podem ser convertidas em fóruns multisetoriais que constituam espa?os de mútua tradu??o entre metodologias e procedimentos científicos e conhecimentos tradicionais e ainda entre interesses nacionais, locais e difusos. Dispor e articular esses elementos de aprendizado mútuo é condi??o para o surgimento de novos paradigmas na concep??o e implementa??o de estudos de impacto ambiental no Brasil. O texto pretende ademais demonstrar, a partir da implementa??o das Usinas Hidrelétricas Santo Ant?nio e Jirau no rio Madeira (Rond?nia, Brasil), os caminhos institucionais e discursivos específicos adotados na expans?o da fronteira elétrica na Amaz?nia, que precificam e nivelam por baixo padr?es de prote??o ambiental e de direitos sociais e culturais vigentes no País.
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