OBJETIVO: A vacina??o rotineira contra a rubéola foi implementada na Paraíba, nordeste brasileiro, através de uma campanha de catch-up direcionada a crian?as com idades entre 1 e 11 anos em 1998. Uma campanha entre as mulheres em idade reprodutiva foi realizada em 2001. Descrevemos a epidemiologia da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC) no estado da Paraíba entre 1999 e 2005. MéTODOS: Foram analisados os dados de vigilancia da rubéola e da SRC entre 1999 e 2005. Os casos suspeitos de rubéola foram confirmados por exames laboratoriais, vínculo epidemiológico ou por critério clínico. Foram utilizadas as defini??es internacionais padr?o de SRC. RESULTADOS: Dos 5.924 casos suspeitos de rubéola entre 1999 e 2005, 1.266 (21%) foram confirmados, 766 (61%) deles através dos exames laboratoriais. Durante uma epidemia de rubéola em 2000 (18,8/100.000), a incidência entre os indivíduos com idades entre 14 e 19 anos (42/100.000) quadruplicou em rela??o a crian?as com idades entre 1 e 13 anos (intervalo de confian?a de 95% = 3,2-5,1). A incidência geral da rubéola foi de 0,9/100.000 em 2005. Dos 177 casos suspeitos de SRC entre 1999 e 2005, 167 (94%) foram testados para a presen?a de IgM. Dos 14 (8%) casos de SRC confirmados laboratorialmente, 12 (86%) haviam nascido em 2001, com uma incidência de 0,2/100.000 crian?as menores de 1 ano nesse ano. CONCLUS?ES: A campanha de vacina??o contra a rubéola em 1998 n?o foi suficiente para prevenir um surto entre adultos jovens em 2000, com uma alta incidência de SRC em 2001. Entre 2002 e 2005, as incidências de rubéola e de SRC diminuíram; entretanto, a alta cobertura da vacina e a vigilancia de alta qualidade s?o importantes para que se atinja a erradica??o da SRC até 2010.
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