A amebíase é a segunda causa de morte entre as doen?as parasitárias no mundo. Seu agente etiológico é o protozoário Entamoeba histolytica, que através da secre??o de proteinases é capazes de destruir o tecido hospedeiro, matando as células-alvo por contato e fagocitando eritrócitos. Dessa forma, os trofozoítos invadem a mucosa intestinal, provocando a colite amebiana. Em alguns casos atravessam a mucosa e, através da circula??o porta, chegam ao fígado, onde causam necrose constituída por poucos trofozoítos rodeados de hepatócitos mortos e debris celulares liquefeitos. Essa invas?o está diretamente relacionada com a capacidade de síntese e a secre??o de moléculas responsáveis pela virulência dos trofozoítos, como os amebaporos, as lectinas e as cisteína proteinases. O diagnóstico da infec??o causada pelo patógeno é rotineiramente realizado através da microscopia óptica de amostras frescas ou espécimes fixados. Entretanto essa metodologia apresenta limita??es, sendo incapaz de distinguir as espécies pertencentes ao complexo E. histolytica/E. dispar. A pesquisa de coproantígenos e a rea??o em cadeia da polimerase (PCR) têm sido utilizadas para diferencia??o desses protozoários em amostras fecais. No entanto, estudos mais aprofundados s?o necessários para maior compreens?o sobre a rela??o parasita/hospedeiro, a prote?mica e a gen?mica do protozoário, o desenvolvimento de vacinas e a real prevalência dessa infec??o no Brasil e no mundo.
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