O artigo tem o objetivo de discutir os critérios geopolíticos de classifica??o da arte, argumentando que tais critérios obstaculizam a aprecia??o das artes na sua dimens?o estética e sociológica. Os critérios de natureza geopolítica se fundamentam em pares dicot?micos tais como exotismo vs. civiliza??o, centro vs. periferia, na??o vs. universalismo, que há mais de um século vêm sendo utilizados, por diretores de museus, historiadores, críticos de arte e curadores. Procura-se demonstrar o uso sistemático dessas categorias que servem tanto aos discursos críticos da pintura colonial quanto aqueles relacionados ao modernismo brasileiro. Conclui-se que somente o estudo das nuan?as finas das intera??es entre os indivíduos e os grupos leva à compreens?o da complexidade dos processos de cria??o artística, pondo fim aos constrangimentos das categorias geopolíticas de classifica??o e permitindo o transito em áreas ainda desconhecidas.
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