OBJETIVO: analisar os fatores gênero, idade, tipo de surgimento da gagueira, tempo de dura??o e tipologia das disfluências, fatores estressantes físicos e emocionais, e fatores comunicativos e qualitativos associados em crian?as disfluentes sem recorrência familial do distúrbio. MéTODO: participaram 43 crian?as com alto risco para a gagueira de ambos os gêneros. A coleta de dados foi realizada por meio do Protocolo de Risco para a Gagueira do Desenvolvimento - PRGD. RESULTADOS: a raz?o masculino/feminino foi de 3,3:1. A única diferen?a estatisticamente significante dos fatores de risco analisados nos gêneros masculino e feminino foi a maior ocorrência de fatores comunicativos associados no gênero masculino (p=0,003). Houve uma semelhan?a dos achados entre os meninos e as meninas: quanto ao tempo de dura??o das disfluências a maioria apresentou mais de 12 meses de dura??o, a tipologia gaga foi a mais freqüente, a presen?a de fatores estressantes emocionais ocorreu na maior parte das crian?as, e finalmente os fatores qualitativos associados, como taxa de elocu??o aumentada, tens?o visível e incoordena??o pneumo-fono-articulatória estiveram presentes em grande parte da amostra. CONCLUS?O: os resultados desta investiga??o permitiram concluir que nos casos de crian?as com alto risco para a gagueira isolada ocorreu a intera??o de inúmeros fatores, sugerindo que o distúrbio é multifatorial. Também foi possível concluir que a intera??o de alguns fatores como gênero masculino, tipologia gaga manifestada por mais de 12 meses, com início persistente, na presen?a de fatores qualitativos e comunicativos associados pode representar risco maior para o desenvolvimento da gagueira persistente.
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