A epilepsia generalizada idiopática (EGI) frequentemente n?o é diagnosticada corretamente em adultos, com sérias consequências para os pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores mais frequentemente associados a dificuldades no diagnóstico diferencial entre epilepsias parciais e generalizadas em adultos. Avaliamos 41 pacientes com diagnostico de crises parciais complexas com elementos de anamnese e EEG indicando um possível diagnóstico diferencial. Foi possível a mudan?a do diagnóstico de epilepsia parcial para EGI em 25 pacientes: 22 (88%) com EMJ; um com ausência juvenil, um com síndrome de ausências com mioclonias periorais e um com ausência com mioclonias palpebrais. Mioclonias, uma das características da EMJ e outras formas de EGI, geralmente n?o eram espontaneamente relatadas pelos pacientes. Abalos miocl?nicos unilaterais eram confundidos com crises parciais motoras. Ausências breves e pouco frequentes e anormalidades focais no EEG contribuíram para o n?o reconhecimento de EGI. Todos os 25 pacientes apresentavam crises sem controle adequado antes da revis?o diagnóstica. Após o diagnóstico correto e mudan?a para monoterapia com acido valpróico ou valproato de sódio, 19 (76%) ficaram livre de crises e seis (24%) dos 25 pacientes apresentaram melhora significativa. A associa??o de lamotrigina em três destes pacientes propiciou redu??o significativa da frequência de crises. Em conclus?o, anamnese detalhada e questionamento direcionado para determinar a presen?a de mioclonias e crises tipo ausência e a sua interpreta??o no contexto clínico s?o fundamentais para o diagnóstico correto das EGI em adultos.
展开▼