As formas farmacêuticas oftálmicas convencionais s?o relativamente simples: drogas solúveis em água s?o formuladas em solu??o aquosa e drogas pouco solúveis em suspens?o ou pomada. Entretanto, essas formula??es apresentam como inconvenientes baixa biodisponibilidade corneal, absor??o sistêmica devida à drenagem nasolacrimal e reduzida eficácia no segmento posterior do olho. Assim, o desenvolvimento de novos sistemas de libera??o de drogas de administra??o oftálmica tem sido um dos principais temas de pesquisa em tecnologia farmacêutica nos últimos anos. Entre as alternativas avaliadas, destacam-se principalmente as microemuls?es. Estas formas farmacêuticas que s?o dispers?es de água e óleo, estabilizadas por um emulsionante e por um co-emulsionante, transparentes, termodinamicamente estáveis, apresentam partículas de tamanho menor que 1,0 mm e, portanto, passíveis de serem esterilizadas por filtra??o. Além disso, as microemuls?es apresentam baixa viscosidade, possuem grande capacidade para o transporte de drogas, demonstram comprovada propriedade promotora de absor??o para as drogas veiculadas e s?o facilmente obtidas, sem a necessidade de utiliza??o de equipamentos sofisticados e de componentes de custo proibitivo. O presente artigo objetiva revis?o de literatura abordando o tema e os principais estudos relacionados com a utiliza??o de microemuls?es como sistemas de libera??o de drogas oftálmicas.
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